A Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip) assinou, juntamente com outras associações do setor produtivo, uma carta aberta aos governantes brasileiros, a fim de reforçar a importância da produção de alimentos e bebidas neste momento de pandemia.
Sendo assim, setores como o de Panificação e Confeitaria devem ser considerados essenciais e devem funcionar sem a interrupção ou restrição neste momento de pandemia da Covid-19.
“A panificação brasileira é essencial. A indústria não pode parar. Somos mais de 70 mil padarias em todo o Brasil, com 2,5 milhões de trabalhadores, sendo 920 mil diretos e 1,6 milhão indiretos, que estão preparados e seguindo todos os protocolos sanitários para garantir segurança e a alimentação para as famílias brasileiras. Reforço que o acesso ao alimento é essencial, pois permite que as recomendações de distanciamento possam ser cumpridas e que os serviços profissionais da linha de frente continuem funcionando”, disse o presidente da Abip, Paulo Menegueli.
Aos governadores, prefeitos e parlamentares do Brasil
As Associações do setor produtivo, representantes das empresas responsáveis por mais de 80% da produção e distribuição de alimentos e bebidas no Brasil, vêm a público reforçar a importância da produção de alimentos e bebidas, sua cadeia de logística e de vendas, funcionarem sem interrupção ou restrições durante a pandemia da Covid-19.
Preservação da vida
As medidas de proteção à saúde da população são mais do que justificadas para conter o avanço da pandemia no Brasil. Por isso, toda a cadeia produtiva empreendeu esforços para cuidar dos seus colaboradores. Rígidos processos de segurança, com investimentos da ordem de R$ 21,9 bilhões, foram feitos para preservar as equipes e evitar a paralisação das plantas. Ações fundamentais para garantir que não houvesse desabastecimento de alimentos e bebidas para a população brasileira. E continuamos a perseguir esse objetivo, todos os dias, sem descanso.
Alimento é essencial
As operações de produção, distribuição, comercialização e entrega de alimentos e bebidas foram consideradas atividade essencial no primeiro momento da pandemia (Decreto 10.282/20), o que permitiu que os brasileiros pudessem cumprir medidas de isolamento com a tranquilidade de saber que não faltaria comida na mesa e que aglomerações no varejo não seriam necessárias, uma vez que a cadeia estava funcionando sem interrupções.
No momento em que o Brasil enfrenta o pior momento da pandemia, consideramos fundamental reforçar com os governos e prefeituras o caráter de essencialidade do setor de alimentos e bebidas, para que seja garantida a manutenção de suas atividades e, com isso, afastado o risco de desabastecimento ou de desperdício de alimentos.
Qualquer interrupção traria efeitos negativos não só para a produção e o abastecimento, mas também para o armazenamento de produtos perecíveis que, ao não serem processados ou distribuídos, deixam de estar aptos para consumo. Situação grave e inimaginável em um cenário de pandemia, num momento em que a segurança alimentar é essencial para saúde da população e prevenção de doenças.
Contamos com todos
Contamos com todos, e com a sensibilidade dos governadores, prefeitos e parlamentares para que qualquer norma que traga restrição de circulação ou funcionamento de atividades não afete:
• o funcionamento das fábricas de alimentos, bebidas e insumos necessários à produção;
• a cadeia logística de armazenamento, distribuição e vendas de alimentos e bebidas – padarias e supermercados (uma vez que nem todas as pessoas e localidades têm acesso aos serviços de delivery);
• a locomoção de caminhões e veículos privados ou coletivos que transportem colaboradores da indústria de alimentos e bebidas e de sua cadeia de forma que a atividade possa ser regularmente desenvolvida durante a semana, feriados ou finais de semana;
• a flexibilidade necessária no efetivo de colaboradores e nos turnos de entrada e saída das fábricas.
Certos do compromisso público e da judiciosa apreciação de Vossas Excelências, temos a certeza de que o Brasil conseguirá atravessar esta grave crise sanitária com a maior segurança e tranquilidade possíveis para sua população.
Atenciosamente,
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